Prémio póstumo

O observatório espanhol contra a violência doméstica e de género homenageou recentemente o escritor Stieg Larsson “pela sua contribuição, através da literatura, na visibilidade e denúncia da violência contra as mulheres”. Foi Eva Gabrielsson quem, comovida, recebeu este prémio que “manifesta que não só é desejável mas possível a construção de uma sociedade livre de violência de género por todos os seus integrantes, mulheres e homens”.

Sabia que...

…O escritor islandês Arnaldur Indridason, já com milhares de livros vendidos, pode vir a ser o próximo fenómeno escandinavo depois de Stieg Larsson?

O homem que amava as mulheres

Não deixa de ser curioso, tendo Larsson afirmado que sentia a violência contra as mulheres como um ataque à sua pessoa e aos seus princípios, que aquela que mais terá amado se encontre actualmente envolvida numa batalha judicial pelos direitos da série “Millennium”. Larsson e Eva Gabrielsson nunca casaram porque o jornalista temia pela segurança dela. Agora, depois de 30 anos de vida conjunta e de acordo com a lei sueca, Eva viu o património que deveria ser seu ir parar às mãos dos familiares do autor, de quem o mesmo se tinha afastado há já muito tempo.

Corre, no entanto, o rumor de que a viúva de Larsson terá na sua posse o cobiçado manuscrito de um quarto livro da série, que o escritor não terá tido tempo de terminar. A ser verdadeira esta afirmação, de nada servirá a Eva, pois a questão dos direitos de autor continuará a impedi-la de o publicar. Diz-se que a ideia de Larsson era escrever uma série de 10 livros, mas isso nunca se saberá ao certo. Entretanto, nasceu pelas mãos de quatro fãs noruegueses apelidados de “quatro mosqueteiros” um website cujo objectivo é reunir fundos para ajudar Eva Gabrielsson na sua luta. O endereço é www.supporteva.com.

Sabia que...

...Stieg Larsson era viciado em trabalho, bebia café em excesso, dormia muito poucas horas e fumava entre dois a quatro maços de tabaco por dia? O estilo de vida que levava foi, provavelmente, a causa do ataque cardíaco que o vitimou aos 50 anos de idade, após subir vários andares a pé até sua casa.

Sabia que...

…Stieg Larsson foi o segundo autor mais vendido no mundo em 2008?

Um autor incómodo

Stieg Larsson foi um autor polémico. Jornalista e activista, dedicou a sua vida à luta contra as poderosas organizações da extrema-direita sueca. Os abusos de poder que denunciava na sua revista “Expo” fizeram com que muitas vezes sofresse ameaças de morte. Foi por este motivo que quando decidiu escrever os seus romances (há quem diga que os escrevia a todos em simultâneo), optou por fazê-lo em sua casa, à noite, num secretismo absoluto. Consta também que, ao ler os seus livros, a editora de Stieg Larsson lhe pediu que alterasse os nomes dos protagonistas, que eram reais, para outros fictícios pois “não queria problemas com a justiça”.

"Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres" em Portugal

Também em Portugal “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres” despertou curiosidades e atenções por parte do público e dos mais variados meios de comunicação.

Excerto do programa “35 MM” da SIC Notícias, com comentários do escritor Francisco José Viegas, acerca do porquê do sucesso da trilogia Millennium:

Assista ao comentário de José Vieira Mendes, director da revista “Premiere”, no programa “Bom dia Portugal” da RTP 1, acerca do filme “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres”:

A reacção do público internacional ao filme “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres”

Depois da obra literária, também o filme nela inspirado mereceu a atenção da crítica e do público. Um pouco por todo o mundo, os fãs da série publicaram a sua opinião acerca de “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres”.

Kowan, dos Estados Unidos da América, refere-se ao facto dos actores representarem na perfeição as suas personagens e de o filme, embora longo, nunca se tornar aborrecido.

“This film was very well-made with superb cinematography. The actors all portray their respective characters perfectly, although Noomi Rapace as Lisbeth Salander, Michael Nyqvist as Michael Blomkvist and Sven-Bertil Taube as Hanrik Vanger deserve a special mentioning. They are all very likable and believable. The films story is very exciting and puzzling and the pace is steady with some really tense situations. The investigation part of the story is excellent. Although it is 2.5 hours long it is never boring. I recommend it to anyone!”

Kowan, USA

O espanhol Span Ows também menciona a qualidade dos actores e a forma como foi realizado o filme.

“Best 5 euros I've spent in a long time. Very, very good thriller but NOT FOR CHILDREN and I was genuinely surprised how much I enjoyed it - well filmed and well acted by the main protagonists; I know nothing of Swedish actors but apparently Michael Nyqvist is well known and I thought Noomi Rapace was brilliant (a young, headstrong, tattooed and "talented" computer hacker Lisbeth Salander with a traumatized past) I thought the film was superbly directed; I am already looking forward to the second film AND I will go and buy the books...”

Span Ows, Spain

Para Mathijs, da Holanda, este não é o típico filme de Hollywood. As suas personagens são muito mais realistas, e isso torna o filme mais intenso.

“This is not your average Hollywood murder movie. It has most of the elements that thrillers of this kind have. Clue by clue you are lead to the murderer, but the answer is only revealed at the end. Where is movie differs from most common thrillers is that characters are described more realistically, without certain bounds that most movies seem to have. This adds to the intensity of Men who hate women.”

Mathijs, Holanda

Da Noruega, onde o filme foi um verdadeiro sucesso, Tom Erik diz que lhe agradou o facto de esta ser uma história inteligente, realizada da melhor forma e com óptimos planos.

“Awesome Swedish film with an intelligent story. A journalist and a troubled young female hacker work together on solving a 40 year old mystery involving a disappearance, murders, nazis and one hell of a dysfunctional family. The storytelling by the director was great and captured my attention for almost 2,5 hours. The characters are straightened by a superb cast played by Michael Nyqvist and especially Noomi Rapace. Camera work and the overall look of the film is astounding. The movie takes you to it's locations and doesn't let go until the story is complete. A must see!”

Tom Erik, Noruega

Veja aqui a reacção do público sueco aquando da estreia do filme no país natal

AS OPINIÕES - Do público

“Stieg Larsson foi a melhor revelação de todos os tempos!”
Luísa Ramalho

“Excelente. História muito bem construída. Recomendo vivamente!”
Cesarina António

“Este maldito livro levou-me uma noite de férias, mas a directa valeu muito a pena. E a tradução é muito boa.”
Nuno Rogeiro

“A história é bem construída e os personagens muito bem caracterizados. Li o primeiro volume em Português e achei-o invulgarmente bem escrito.”
António Pinheiro Torres

“Fantástico! Como há muito tempo não lia nada: cativante, interessante, bem escrito, envolvente... um vício que é uma pena chegar ao fim.”
Marta

“Fantástico livro. Brilhante. Daqueles que se não se descansa enquanto não se devora... e já há demasiado tempo que não passava por essa sensação. Recomendável a todos os que adoram ler o que seja. E a todos os que não gostam. Não irão ficar desapontados, garanto.”
Andreia Morais

"Acabei de ler o segundo livro com pouco mais de 600 paginas em uma semana. Normalmente demoraria mais, no entanto, com uma história tão intrigante e personagens encantadores é simplesmente impossível não se envolver com a parceria de Salander e Blomkvist."
Suellen Ramos

“Adorei. Imediatamente um dos melhores livros que já li. Super viciante.Recomendo.”
P.R.

"Os Homens que Odeiam as Mulheres é um dos melhores romances policiais editados em Portugal. A caracterização das personagens e o relacionamento entre elas é excelente. A resolução das questões morais por parte de Mikael Blomkvist é divinal.”
João Baptista Pereira

“Ganhei o primeiro livro de presente de meu marido...amei, e logo comprei o segundo, que li em apenas dois dias.”
Paula Fiori

Fonte: Website Millennium-mania do Grupo LeyaParte superior do formulárioParte inferior do formulário

NÃO PERCA, AINDA HOJE: AS REACÇÕES AO FILME

Estreia HOJE em Portugal

AS OPINIÕES - Da crítica

“A série de três livros Millennium escrita pelo sueco Stieg Larsson é o primeiro grande marco da literatura policial do século XXI. A leitura do primeiro volume da série é uma experiência inesquecível. (…) Em Os Homens Que Odeiam as Mulheres juntam-se a até aqui mais improvável das duplas: Mikael Blomkvist, jornalista de economia, meia-idade, imerso em OPAS, acções e burlas financeiras, e Lisbeth Salander, 24 anos, uma hacker rebelde capaz de passear discreta nos ficheiros de qualquer computador. Uma Pipi das Meias Altas um pouco mais crescida que trocou as tranças por piercings e tatuagens. Estando assim criadas as condições para um policial mergulhado num mundo cibernético e financeiro altamente conceptual e frio, o que acontece é precisamente o contrário. Gelada, aqui, só mesmo a paisagem da Suécia profunda no Inverno. Tudo o resto trepida.”
Rui Lagartinho, Time Out, Julho de 2008

“Retrato poderoso e fiel deste tempo conflituoso e inquietante em que as mulheres são abusadas.(…) Ao escrever estes policiais (Stieg Larsson), aproveitou para levar a cabo uma exaustiva análise social e psicológica servida por uma história extremamente bem arquitectada e cheia de suspense baseada nos três poderosos pilares do novo Milénio: sexo, dinheiro e poder.”
Helena Vasconcelos, Público, 27.06.08

“Será provavelmente uma das melhores leituras para estas férias. (…) Num estilo veloz, muito seguro e hábil no suspense e no cruzamento das linhas narrativas, Larsson explora a dura realidade de uma sociedade ‘ideal’ agora minada pela corrupção, pelos fundamentalismos, pela violência gratuita, pelas perversões sexuais e por uma misoginia feroz.”
Filipa Melo, Sol, 05.07.08

”A avaliar pelo primeiro volume, este Os Homens que Odeiam as Mulheres, a história possui qualidades para se impor por si mesma. Trata-se de um mistério «thriller» em torno de uma adolescente que desapareceu há 40 anos. (...) As reviravoltas espantam e convencem. Se os demónios são familiares, a ternura final da história é bem característica de uma certa linha europeia de policial, que não deixa por isso de ser eficaz.”
Luís M. Faria, Expresso, 12.07.08

”Fenómeno de vendas na Suécia (e não só), a trilogia póstuma Millennium, do romancista Stieg Larsson, ainda agora começou a ser editada em Portugal e já está a criar uma legião de fãs. (...) O êxito de Larsson, diga-se, é mais do que justificado. Com uma construção narrativa perfeita e um ritmo febril (que cedo transformam a leitura num vício compulsivo), Os Homens que Odeiam as Mulheres lê-se numa penada, apesar das suas mais de 500 páginas.”
José Mário Silva, Ler, 01.09.08

“A publishing sensation, an accomplished crime writer who seemingly came from nowhere … Crime fiction has seldom needed to salute and mourn such a stellar talent as Larsson’s in the same breath.”
Sunday Times

“The journalist and the hacker are ingenious, believable creations… In the end, the novel becomes, among other things, something of a tender love story... This is a striking novel, full of passion, an evocative sense of place and subtle insights into venal, corrupt minds.”
The Observer

“The ballyhoo is fully justified… The novel scores on every front – character, story, atmosphere and the translation.”
The Times

“Anticipation of the treats in store in the remainder of the trilogy are, sadly, tempered by the knowledge that shortly after presenting his manuscript, Larsson died of a heart attack aged 50… [but] his perceptive insights into the abuse of power by both individuals and institutions are designed to reach a wider readership than he could ever have imagined.”
Sunday Telegraph

“An epic crime story…[a] tightly woven crime thriller that pushed all the right buttons.”
Buzz!

Fonte: Website millennium-mania do Grupo Leya

MILLENNIUM 1 - Os números do fenómeno

Livro:
- A série Millennium encontra-se publicada em mais de 35 países
- Foram vendidos mais de 13 milhões de livros em todo o mundo
- Só na Suécia, que tem 9 milhões de habitantes, foram vendidos 3 milhões de livros
- Em Espanha, o primeiro volume vendeu 1 milhão de exemplares e o segundo volume vendeu 700 mil exemplares
- No dia em que chegou às livrarias espanholas, o terceiro livro da série, há muito esperado, vendeu 200 mil exemplares
- Stieg Larsson lidera há meses o top de vendas em França

Filme:
- Na sua sétima semana de exibição em Espanha, mantinha-se entre os 10 filmes mais vistos por todo o país
- Na Suécia, as receitas de bilheteira alcançaram quase 2 milhões de euros
- Foi o filme sueco mais visto de sempre na Noruega e Dinamarca
- No dia em que estreou, na Suécia, foi visto por 175 mil espectadores
- Lidera os tops de vendas em toda a Escandinávia

ENIGMA DO DRAGÃO

VENCEDORES DA PRIMEIRA FASE DO PASSATEMPO

Os concorrentes com a melhor pontuação ganharam convites duplos para a antestreia do filme "Os Homens que Odeiam as Mulheres" no dia 23 de Setembro, pelas 21h30, nos cinemas Zon Lusomundo Alvaláxia, em Lisboa, e Zon Lusomundo Marshopping, no Porto.

Vencedores do Passatempo - Lisboa:

Carlos Antunes
Valter Henriques
Paula Nunes
Luciana Nunes
Pedro Silva
Susana Maria
Sinara Santos
Nuno Rebelo
Eduardo Franco
Carlos Almeida
Maria José Durão
Maria Roque
Sandra
Paulo Sousa
Inês Gonçalves

Vencedores do Passatempo - Porto:

Catarina
Joana Cristina Monforte Monteiro
Susana Monforte
Rui Marinho
Ana Catarina Vieira Oliveira
André
Ivo
Eulália Maria Queirós Gonçalves da Cunha
Telma
Hélder Oliveira
Bruno Oliveira
Cris
Luís Vieira
Tiago Caria
Gabriel Pereira

Os vencedores deverão fazer-se acompanhar do B.I. e levantar os convites na bilheteira antes do início da sessão.

Entrevista a Noomi Rapace

OS ACTORES - Quem são eles?

Noomi Rapace

Em “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres” o papel da hacker Lisbeth Salander é interpretado pela actriz sueca Noomi Rapace. Nascida a 28 de Dezembro de 1979, Noomi é filha de Rogelio Durán, um célebre cantor espanhol. A sua infância foi passada na Islândia, onde viveu com a mãe e o padrasto. Aos 7 anos estreou-se no cinema, com o filme “Í skugga hrafnsins” de Hrafn Gunnlaugsson. Embora tenha sido apenas um pequeno papel sem falas, foi esta experiência que levou a pequena Noomi a sonhar com uma carreira de actriz. A oportunidade chegou quando, em 1996, interpretou Lucinda Gonzales na série televisiva “Tre kronor”. Noomi Rapace é casada com o também actor Ola Rapace.

Apesar de já não ser novata nestas andanças e do seu envolvimento no teatro, foi a irreverente Lisbeth Salander que a catapultou para a fama. A actriz, que é descrita por Niels Arden Oplev, realizador do filme, como “explosiva”, está a dar que falar. A propósito da sua passagem por Cannes com “Millennium 1”, o "The Hollywood Reporter" escreveu: "Esqueçam Lars von Trier. A maior estrela escandinava em Cannes este ano é Noomi Rapace." Para desempenhar este papel, Noomi Rapace aprendeu técnicas de combate, tirou a carta de motociclos, cortou o cabelo e emagreceu. Apesar de todos estes sacrifícios, a actriz mantém que só está interessada em papéis complicados e não quer fazer “comédias românticas tontas”. Esperamos para ver.

Michael Nyqvist

O nome de Michael Nyqvist parece semelhante ao da sua personagem, o jornalista Mikael Blomkvist. Nascido a 8 de Outubro de 1960 em Estocolmo, o actor sueco passou grande parte da infância a fazer o que é normal para um rapaz: jogava hóquei no Inverno e futebol no Verão. Aos 17 anos, foi estudar para Omaha, no estado do Nebraska, e foi aí que pela primeira vez teve aulas de representação, sendo um dos seus primeiros papéis em “A Morte de um Caixeiro-viajante” de Arthur Miller. Quando regressou à Suécia, foi aceite na Escola de Ballet. Mas após um ano de “pliés” e piruetas, compreendeu que a dança não era a sua verdadeira vocação. Aos 19 anos, e aconselhado por uma ex-namorada, Michael entrou para a Escola de Teatro sueca.

Terminados os estudos, Michael Nyqvist trabalhou sobretudo em teatro, mas foi conseguindo pequenos papéis em algumas produções cinematográficas. A sua grande oportunidade surgiu em 2000 com “Together” de Lukas Moodysson, que alcançou um grande sucesso internacional. Depois disso, desempenhou papéis principiais numa série de filmes vencedores de prémios, tais como “Grabben I Graven Bredvid” de Kjell Sundvall, “As it is in Heaven” de Kay Pollak e “Sundenly” de Johan Brisinger. Hoje é um dos mais acarinhados actores suecos, tendo recebido inúmeros prémios, alguns muito importantes, como é o caso do Guldbagge (equivalente sueco para o Óscar) de Melhor Actor.

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AS PERSONAGENS - Fortes e inesquecíveis

Assim são as personagens criadas por Stieg Larsson. Tendo dedicado uma vida às publicações contra o racismo e a xenofobia, o autor tem no jornalista Mikael Blomkvist o seu alter-ego. Mikael é um íntegro repórter de investigação, colaborador da revista “Millennium”, que ficou conhecido por “Super Blomkvist” após resolver vários roubos a bancos nos anos 80. Casado anteriormente com Mónica Abrahamsson, tem uma filha, Pernilla, de 16 anos. É um homem de meia-idade, curioso por natureza e determinado a desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca. Após ter sido condenado a três meses de prisão por uma suposta difamação do poderoso empresário Hans-Enrik Wennerström, e enquanto ainda aguarda em liberdade, é contratado por Henrik Vanger para investigar o caso da sua sobrinha, Harriet Vanger, que desapareceu misteriosamente há 36 anos atrás.

Lisbeth Salander é a mais emblemática criação de Larsson. O seu look arrojado, algures entre o punk e o gótico, com vários piercings e tatuagens, chamou a atenção de muitos fãs. Lisbeth ou “Vespa” é uma hacker de 24 anos que trabalha como freelancer para a empresa Milton Security. A sua personalidade, complexa e rebelde, deve-se em grande parte a um passado misterioso que a atormenta constantemente. Apesar da sua inteligência extrema, é altamente anti-social e inadaptada. Passou grande parte da adolescência internada numa clínica psiquiátrica de onde saiu graças à intervenção de Holger Palmgren, um homem bondoso que cativou a jovem e se tornou seu tutor legal. Mas quando este é vítima de uma hemorragia cerebral, esse papel é delegado a Nils Bjurman, um corrupto advogado capaz das maiores atrocidades.

Para além de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, surgem inúmeras personagens secundárias nesta primeira parte da trilogia Millennium. O já referido Henrik Vanger, um industrial de 82 anos, ex-presidente do Grupo Vanger; Harriet Vanger, a sua sobrinha-neta desaparecida em circunstâncias misteriosas durante uma reunião de família há quase quarenta anos; Martin Vanger, irmão de Harriet e actual presidente do Grupo Vanger; o também já referido Nils Bjurman, um corrupto advogado que substitui Holger Palmgren como tutor de Lisbeth; Erika Berger, de 43 anos, directora editorial e sócia da revista “Millennium” que, embora seja casada com o artista Greger Backman, mantém uma relação amorosa com Mikael Blomkvist. As personagens criadas por Larsson são muitas vezes descritas como extremamente humanas e reais. Este é certamente um dos elementos-chave para o sucesso da trilogia.

Sê o primeiro a ver!

No dia 17 de Setembro, entre as 21h/21h40, a Zon Lusomundo dá-te a oportunidade de seres o primeiro a assistir ao filme “Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres” com sessões especiais nas seguintes salas:

Lisboa: Zon Lusomundo Alvaláxia, Zon Lusomundo Amoreiras, Campo Pequeno, Zon Lusomundo Colombo, Monumental, UCI

Porto: Dolce Vita, Arrábida UCI

Almada: Zon Lusomundo Fórum Almada

O MISTÉRIO DAS FLORES - O que aconteceu a Harriet?

"Acontecia todos os anos, como um ritual. E naquele dia, o do seu octogésimo segundo aniversário, voltou a acontecer.” Todos os anos, no exacto dia do seu aniversário, o primeiro de Novembro, Henrik Vanger recebia da sua sobrinha uma flor como presente. Agora, quase quarenta anos após Harriet ter desaparecido, supostamente assassinada, elas chegam-lhe pelo correio. São sempre flores bonitas e, na sua maioria, raras. A encomenda chega quase sempre de Estocolmo, mas duas chegaram de Londres, duas de Paris, duas de Copenhaga, uma de Madrid, uma de Bona e uma de Pensacola, na Florida. Vêm sempre secas, montadas sobre um fundo de papel de aguarela numa simples moldura de 15 por 27,5 centímetros. Uma atormentante e macabra recordação que o leva a crer que o assassino de Harriet continua vivo.

O TRAILER

Queres saber mais sobre "Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres"? Não percas o trailer já disponível no site oficial do filme! http://www.millennium-ofilme.com

O FILME - Do papel para o grande ecrã

Depois de vender milhões por todo o mundo, o primeiro volume da trilogia “Millennium” chegou ao grande ecrã pela mão do realizador sueco Niels Arden Oplev. A adaptação da obra de Stieg Larsson mantém o seu estilo obscuro, e nela brilham estrelas suecas como a jovem actriz Noomi Rapace, na pele de Lisbeth Salander, e Michael Nyqvist, que interpreta Mikael Blomkvist.

O emocionante thriller, “Os Homens que Odeiam as Mulheres” fez disparar as vendas e chegou aos tops, tornando-se no filme nórdico que mais sucesso obteve nas bilheteiras do norte da Europa. Na Dinamarca, onde conseguiu o maior número de visionamentos até à data, foi responsável por 20% das vendas de bilhetes nos primeiros três meses de 2009 e fez os lucros subirem 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em Espanha, o sucesso do filme foi tão grande que o país vizinho já se prepara para receber o segundo da série. Por cá, estreia a 24 de Setembro.

O AUTOR - Biografia de Stieg Larsson

Stieg Larsson, nascido a 15 de Agosto de 1954, foi um jornalista e escritor sueco. Perito no estudo de movimentos antidemocráticos, de extrema-direita e nazis, Larsson envolveu-se em várias causas contra o racismo e a xenofobia. Em meados dos anos oitenta, ajudou a criar o projecto “Stop the Racism” e, já nos anos noventa, tornou-se editor da revista Expo. Numa luta constante contra a violência, escreveu livros que denunciavam os grupos nazis do seu país e as obscuras ligações entre a extrema-direita e o poder político e financeiro.

Entusiasta do género noir e da ficção científica, escrevia os seus romances à noite, praticamente em segredo. Viveu durante longos anos na companhia de Eva Gabrielsson e faleceu de forma inesperada na sequência de um ataque cardíaco a 9 de Novembro de 2004, pouco tempo depois de entregar ao seu editor o terceiro volume da trilogia “Millennium” e ainda antes de ser publicado o primeiro daquela que se tornou uma série de culto e um autêntico fenómeno editorial que vendeu milhões de exemplares.

A OBRA LITERÁRIA - Um caso de sucesso

“Os Homens que Odeiam as Mulheres” é o primeiro livro da trilogia “Millennium”, criada pelo escritor sueco Stieg Larsson. Vítima de um súbito ataque cardíaco a 9 de Novembro de 2004, Larsson faleceu aos 50 anos, pouco tempo depois de entregar ao seu editor o terceiro volume da série. Infelizmente, não viveu para ver o sucesso que a sua obra atingiu, transformando-se num culto à escala mundial. Com mais de 14 milhões de exemplares vendidos, a trilogia fica completa com “A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo” e “A Rainha no Palácio das Correntes de Ar”.

“Saga familiar”, “literatura policial”, “thriller financeiro” ou “história de amor” são rótulos que não chegam para descrever uma narrativa que prende o leitor do início ao fim, apesar das mais de 400 páginas de cada volume. Numa primeira fase, é dada a conhecer a história de Mikael Blomkvist, um jornalista de meia-idade condenado a três meses de prisão por denunciar a corrupção no mundo dos negócios de Estocolmo na sua revista “Millennium”. Quando Henrik Vanger, um poderoso empresário, o encarrega de descobrir a verdade sobre o desaparecimento da sua sobrinha Harriet, há 36 anos atrás, Mikael não consegue recusar. Com a ajuda da sua nova e rebelde parceira, Lisbeth Salander, uma hacker de alto nível com problemas de comportamento social, mergulha no passado profundo da família Vanger, desvendando uma história sangrenta até então escondida na penumbra.